Espaço do Avante na gestão Jerônimo Rodrigues deve vir com "corte na carne" do PT e "arrumação" específica; entenda

Por Mauricio Leiro



Foto: Divulgação

A forte busca por espaço na gestão estadual tem repartido o desejo de alguns caciques políticos. Turbinado após as eleições municipais e obtendo 60 prefeitos, o Avante também tem costurado algumas possibilidades para ampliar o “quinhão” no governo de Jerônimo Rodrigues (PT). Sob o comando do ex-deputado federal Ronaldo Carletto, a sigla deve receber um incremento nos cargos.
O Bahia Notícias tem apurado com interlocutores da gestão, que participam do diálogo partidário, que o Avante tem “demonstrado apetite” quanto aos espaços. Apesar de Ronaldo Carletto indicar que o partido depende do governador, o desejo demonstrado é alto. Em diálogo com fontes que participam da negociação, o que foi apontado é que o Avante teria buscado muito mais que o único espaço que possui com a secretaria de Agricultura do Estado, com Tum.
Entre os pedidos feitos estaria a indicação para a presidência da Embasa, atualmente ocupada por Leonardo Góes, que já atua na empresa desde a gestão Rui Costa (PT). O BN apurou que o entendimento da cúpula da gestão seria que os espaços possíveis para acomodar o Avante estariam vinculados a “petistas ou indicados do PT”. O movimento então teria que partir do governador Jerônimo, para um “corte na própria carne”, buscando atender a alta demanda proposta pelas lideranças do partido.
“O Avante pediu tudo”. A avaliação feita por um interlocutor das negociações representa como a legenda busca se inserir. No compasso de espera, outro movimento que tem sido descartado é a troca de Tum, responsável pela Seagri, justamente para não “perder espaços”. A cúpula do Avante deve “remodelar” a pasta, trocando diretorias e cargos inferiores, porém, mantendo Tum no comando da pasta.
Recentemente, em entrevista ao Bahia Notícias, Carletto indicou que o grupo “chegou para ser uma alternativa de mais um partido da base”. “Se você olhar, a união faz a força. Os partidos que fizeram menos prefeitos, mas se você unir forças, o governo fez maioria. Chegamos para isso, para ampliar esse partido. Hoje, acredito, que sentaremos, o governador Jerônimo, o qual é o maestro da banda, é que dirá as diretrizes. Temos nossas reivindicações, nossas pretensões, mas isso depende muito do governador, do governo e a equipe. Estamos para somar. Nos propomos para ser uma alternativa de sustentabilidade do governo. Continuaremos firmes e fortes, independente de qualquer situação”, disse.
Carletto ainda indicou que existe uma conversa e “sempre há esperança” de um bom acordo. “Vamos chegar a um denominador, para acomodar tudo e todos da base. Não estamos para tomar espaço de ninguém, tem que ser conversado e alinhado. Na logística se pode contemplar a todos. Lógico, pelo tamanho do Avante, a gente reivindicará, mas dependerá muito do governador. Ele não disse pensando, mas deve ter na cabeça algo para fazer a reforma e o que tem dentro do seu governo”, indicou Carletto.
O governador Jerônimo Rodrigues recebeu as lideranças partidárias pós-eleição, e avaliou o desempenho das legendas. Além disso, o petista teria dado o “start” no diálogo sobre a acomodação dos partidos, ouvindo as demandas e indicando como deve feita a transição.

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