Rui Costa diz que Lula escolheu novos diretores do BC e projeta envio dos nomes ao Senado até semana que vem

Foto: Rafa Neddermeyer / EBC

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já escolheu os nomes dos novos diretores do Banco Central. Em conversa com jornalistas realizada na quinta-feira (29), o ex-governador da Bahia informou que a lista da nova direção deve ser enviada para apreciação do Senado Federal até semana que vem.
"O presidente já definiu, deve ser enviado no máximo no início da próxima semana. [...] Eu não tenho os nomes aqui, senão podia até revelar. Não há segredo nisso, mas o presidente já decidiu", afirmou o ministro a jornalistas após evento no Palácio do Planalto.
Segundo Rui, Lula discutiu a realização de uma solenidade para nomeação simbólica do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, no início da próxima semana, e o chefe do Executivo pode aproveitar a ocasião para anunciar os outros escolhidos.
Para poder assumir o posto no início de 2025, os novos diretores do BC precisam ser sabatinados na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e passar por votação no plenário do Senado, que é responsável por avaliar e aprovar os nomes das autoridades. A etapa final na Casa está prevista para 11 de dezembro.
Galípolo foi aprovado pelo Senado como sucessor de Roberto Campos Neto –alvo de críticas do governo Lula– no dia 8 de outubro e assumirá o posto oficialmente em 1º de janeiro de 2025. Será a primeira troca de comando desde que a autonomia da autoridade monetária entrou em vigor, em 2021.
A jornalistas, Rui Costa também disparou contra Campos Neto, dizendo que o governo está em contagem regressiva para ter o BC "dirigido por quem mora no Brasil e não mora em Miami". Desde 21 de novembro, o atual chefe da autoridade monetária está nos Estados Unidos, conforme agenda pública divulgada pela instituição.
De acordo com a Folha de São Paulo, nos últimos dias, circularam no mercado financeiro os nomes de Juliana Pereira, hoje na Controladoria-Geral da União (CGU), de Richard Back, da Secretaria de Relações Institucionais, e de Emmanuel Sousa de Abreu, que atua na Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda.
Para a área de Regulação, um dos candidatos citados há mais tempo na "bolsa de apostas" é Gilneu Vivan, atual chefe do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC.
Para a diretoria de Relacionamento, o nome de Juliana Mozachi (chefe do departamento de Supervisão de Conduta) já esteve entre os cotados. Isabela Damaso (chefe da gerência de Sustentabilidade) e Izabela Correa, servidora do BC cedida para a CGU, também já foram mencionadas.
Segundo relatos de membros do governo, não está descartada uma "dança das cadeiras" no momento da nomeação dos novos diretores do BC, com a movimentação de Rodrigo Teixeira –hoje na diretoria de Administração– para outro posto.
A cúpula do BC pode se tornar 100% masculina em 2025 se Lula não indicar ao menos uma mulher para as vagas abertas na instituição. A escolha para as três diretorias da autoridade monetária será um novo teste para o governo na questão da diversidade de gênero.
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