Boletim da SEI eleva previsão para o PIB da Bahia 2024 em 3,2%

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia divulgou, na quinta-feira (12), uma análise sobre o desempenho da economia baiana no terceiro trimestre de 2024, em que prevê a uma elevação em torno de 2,8% a 3,2% para o PIB do último trimestre de 2024, em comparação ao trimestre anterior. A análise em questão foi publicada no Boletim de Conjuntura da Bahia.
O boletim evidencia que os resultados positivos para comércio varejista, serviços, indústria geral, exportações e geração de emprego formal impactaram positivamente no PIB da Bahia, porém a agropecuária contribuiu negativamente para que o resultado do PIB não fosse mais elevado.
O documento registra que, no terceiro trimestre deste ano, o PIB da Bahia cresceu 3,6%, na comparação com mesmo período de 2023, enquanto em relação ao segundo trimestre de 2024, a taxa foi de 0,8%. Nos nove primeiros meses a alta foi de 3,1%.

ENTENDA O CENÁRIO

Para o quarto trimestre do ano, a manutenção dos efeitos do incremento das transferências de renda e a continuidade da geração de empregos podem ainda sustentar a demanda, principalmente, o consumo das famílias, que se encontra resiliente, embora a elevação da taxa de juros e a restrição do crédito possam levar o crescimento para taxas mais moderadas nos próximos trimestres.
Contribuíram para a expansão do PIB, os setores de comércio e serviços, a geração de empregos, o aumento da oferta de crédito para as famílias, o reajuste no Bolsa Família e a queda dos juros.
O comércio varejista manteve crescimento nas vendas no terceiro trimestre de 2024, mas em ritmo moderado. Nesse período, a taxa de expansão nos negócios foi de 5,1%. A Agropecuária, por sua vez, caiu 3,4%, devido à quebra das safras de soja, milho e algodão. Após a produção recorde de grãos em 2023, a Bahia deve registrar queda na safra de 2024, influenciada, principalmente, pelas condições climáticas adversas.
A conjuntura externa, ainda pouco favorável, devido à política monetária restritiva e à incerteza sobre os rumos das economias americana, europeia e chinesa, afetaram negativamente as exportações, principalmente de commodities. Ainda assim, elas cresceram 12% no trimestre, com o volume embarcado respondendo em quase sua totalidade por esse aumento nas receitas, ao registrar elevação de 11,8% no período, reflexo de uma demanda externa mais robusta que nos trimestres anteriores.
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