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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, na quarta-feira (22), que acredita que será preso por conta dos inquéritos que investigam o golpe de Estado, a fraude em seu cartão de vacinação e as joias presenteadas pela Arábia Saudita.
Bolsonaro alegou que todos os dias acorda cm a sensação de que será alvo de uma operação da Polícia Federal que, segundo ele, é uma corporação "persecutória". "Eu acordo todo dia com a sensação da PF na porta. Qual a acusação? Não interessa", afirmou o ex-presidente.
O mandatário foi indiciado pela Polícia Federal nos inquéritos sobre as joias, a falsificação de certificado de vacinas contra Covid-19 e a tentativa de golpe de estado. "Vão me prender por quê? A questão de joias está aí. Está aí o TCU [Tribunal de Contas da União] dizendo que o relógio do Lula é dele, dizendo que o Congresso realmente tem que fazer uma lei para disciplinar a questão de brindes. Todos os presentes que eu recebi eu devolvi", afirmou o ex-presidente.
A declaração foi feita durante entrevista do ex-presidente ao canal AuriVerde Brasil. Na conversa, ele também lamentou não ter viajado aos Estados Unidos para a posse de Donald Trump. O seu pedido de reaver seu passaporte foi negado na semana passada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Bolsonaro alegou que não pretende fugir do país. "Nunca pensei em sair em forma definitiva. Poderia ter saído lá trás e fiquei. Eu quero é ficar aqui para lutar com meu país", afirmou.
Em outra parte da entrevista, Bolsonaro criticou a possibilidade de uma "terceira via" ou de uma "direita limpinha" para as eleições 2026 e elogiou a decisão de Trump de retirar os Estados Unidos da Organização Mundial de Saúde.