EUA aplicarão novas tarifas sobre México, Canadá e China a partir de sábado

Foto: Reprodução/Casa Branca

Os Estados Unidos imporão novas tarifas sobre importações do México, Canadá e China a partir deste sábado (1º), conforme anunciado pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, na sexta-feira (31). As taxas serão de 25% sobre produtos canadenses e mexicanos, enquanto as importações chinesas serão taxadas em 10%.
A medida, inicialmente especulada para entrar em vigor apenas em 1º de março, foi confirmada por Leavitt em coletiva de imprensa. Ela também se recusou a comentar se haverá possibilidade de isenções para determinados setores ou produtos. "O prazo de 1º de fevereiro que o presidente Trump estabeleceu em uma declaração há várias semanas continua", disse Leavitt.
A decisão de aumentar as tarifas ocorre em meio às justificativas do governo Trump para penalizar a China por seu suposto envolvimento no comércio de fentanil, droga sintética responsável por uma crise de opióides nos EUA. O presidente também insinuou que poderia considerar isenções para o petróleo importado do Canadá e do México, sugerindo preocupação com um possível aumento nos preços da gasolina.
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que o Canadá responderá com contramedidas "contundentes". "Não é o que queremos, mas se ele avançar, também agiremos", declarou.
Fontes ligadas ao governo canadense indicaram que o país está considerando impor tarifas sobre produtos emblemáticos dos EUA, como suco de laranja da Flórida, estado considerado estratégico para Trump. Além disso, o Canadá teria preparado uma lista de alvos que poderão atingir 150 bilhões de dólares canadenses em importações dos EUA, mas deve realizar consultas públicas antes de implementar as medidas.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, adotou um tom mais cauteloso e afirmou que esperaria "com a cabeça fria" pela decisão tarifária. "Sempre defenderemos a dignidade do nosso povo, o respeito à nossa soberania e um diálogo como iguais, sem subordinação", disse.
Na China, a reação foi mais discreta. Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa em Washington, ressaltou que a China colabora com os EUA no combate ao tráfico de fentanil e expressou esperança de que os EUA "não tomem a boa vontade da China como garantida".
Esta não é a primeira vez que Trump adota medidas protecionistas contra parceiros comerciais. Durante seu primeiro mandato, os EUA travaram uma guerra comercial com a China, que resultou em tarifas mútuas sobre produtos como soja e equipamentos eletrônicos. A União Europeia também impôs taxas sobre itens icônicos dos EUA, incluindo uísque bourbon e motocicletas Harley-Davidson.
Além disso, Trump já ameaçou a Colômbia com tarifas de 25% devido à recusa do governo colombiano em permitir voos militares dos EUA transportando imigrantes deportados. O impasse foi resolvido quando o presidente colombiano Gustavo Petro cedeu e concordou em aceitar os voos.
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